domingo, 26 de dezembro de 2010
Sobre a Ausência
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Trilha sonora do Cavanhaque's Bar
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Sagrado Coração
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Mais e mais (...)
O marasmo assusta
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Recife
domingo, 3 de outubro de 2010
Na próxima esquina.
_ _ _ _ _
FREIRE, Rosano... em mais uma de suas contribuições.
domingo, 26 de setembro de 2010
Na busca dos benefícios cronométricos do quotidiano

sábado, 18 de setembro de 2010
O que é um manifesto?
Pós-modernidade
sábado, 21 de agosto de 2010
¿Qué tal fumarmos un cigarillo de marijuana?
Henrifrank diz:
¿Qué tal fumarmos un cigarillo de marijuana?
VicinhoooO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
trabalho com isso naum
Henrifrank diz:
Más qué peña.
VicinhoooO diz:
i'm sorry
bOy
rsrs
Henrifrank diz:
kkk
Pensei que fuestes un lombrero. Pero, enganado estoy.
VicinhoooO diz:
no i'm not LoMBRA, i'm very crazy a long time!!
son' need Maryjane
rsrs
don't**
Henrifrank diz:
Si, seio..
Pues, yo soi mui loco. Y assí miesmo, preciso de marihuana.
VicinhoooO diz:
kkkkkkkkkkkkkkk
i' nedd woman, diferrent welli
kkkkkkkkkkkk
Henrifrank diz:
Tu tienes toda la pinta de lombrero.
Ah, I know.
"Welli" needs a mondrongo.
VicinhoooO diz:
i have naipe but i'm gogo boY
kkkkkkkk
Henrifrank diz:
kkk
VicinhoooO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Henrifrank diz:
uhauhua
auhaua
I have naipe??! uhuHAuhAUhUAhuHAuHAuA kkk
VicinhoooO diz:
you have naipe mondrongo
hummmmmmmm
kkkkkkkkkk
Henrifrank diz:
No, I have not this kind of naipe.
domingo, 15 de agosto de 2010
O Estrangeiro, por Charles Baudelaire.
- Não tenho pai, nem mãe, nem irmã, nem irmão.
- Teus amigos?
- Eis uma palavra cujo sentido, para mim, até hoje permanece obscuro.
- Tua pátria?
- Ignoro em que latitude está situada.
- A beleza?
- Gostaria de amá-la, deusa e imortal.
- O ouro?
- Detesto como detestais a Deus.
- Então! a que é que tu amas, excêntrico estrangeiro?
- Amo as nuvens...as nuvens que passam...longe...lá muito longe...as maravilhosas nuvens!
BAUDELAIRE, Charles. L'Étranger.

O manifesto que não cala.
A tradição moderna é a tradição do que sempre é novo. Dessa forma, uma civilização dita moderna está sempre orientada em função de um tempo futuro que, de maneira secular ou teológica, tende a ser caracterizado por um projeto, seja ele societário, individual etc. Inconscientemente, a visão de mundo de um indivíduo moderno se projeta para o futuro, vivendo no presente apenas detalhes efêmeros do que pode vir a ser um dia a realização dos tais projetos. Na indecisão intelectual ou na imprecisão cognitiva de sabermos em que tempo histórico agora estamos, isto é, se não já superamos até a própria História, o tempo presente é tempo do mais efêmero ainda. Acho que não passei nem dois meses ausente do blog, todavia, o blog percorreu anos de ausência na internet e em mim. É como se para cada dia em que eu estive fora, novos eventos surgissem na teia de relações que tecem o tecido virtual. Cada vez mais veloz, cada vez mais fazendo esquecer o dia que passou. Esquecendo assim, não só o dia, mas também as horas, os minutos. Esquecendo quase tudo que, num dado espaço de tempo, foi vivido, pensado, etc.
Conforme as já velhas palavras do filósofo alemão Karl Heinrich Marx (1818 - 1883), "tudo o que é sólido se desmacha no ar". O que é do gênero humano é historicamente formado, construído então pela ação dos próprios homens. Portanto, tudo o que foi construído pode ser facilmente desconstruído através de uma arqueologia dos processos históricos, além de claro, do poder de agência dos grupos humanos e dos indivíduos reflexivamente conscientes de suas implicações práticas. No período em que estamos vivendo, pergunto-vos, o que de facto se torna sólido a ponto de ser passível de um dia desmanchar-se no ar?
M. Berman, onde está o sólido? Estou há tempos esperando por ele para poder fazê-lo ruir e suas cinzas jogar pelo ar. Porém, ele não chega. Ele não vem. Pergunto-me se ainda há a possibilidade deste sólido existir no mundo das efemeridades presentes, terrenas, imateriais, sentimentais, culturais. Teria sido a própria modernidade sólida forjada ela mesma em cima de uns dois ou três elementos efêmeros e que agora adquirimos maior consciência para apontá-los?
Espero que seja exageiro meu. Antes, porém, permita-me dizer que estou de volta. O manifesto dos idiotas já pode ter sido esquecido, ou quem sabe nunca chegou a ser lembrado. Em tempos onde tudo passa, onde não há essência, minha busca é de certo verdadeira?
VIEIRA CAMPOS, F. H.
(atarefado, mas ainda com energia - ou distração - para o manifesto)

quinta-feira, 1 de julho de 2010
Tentativa. É fácil?
Apenas gostei da frase. Imagino que não tenha sido fácil.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Sob diversos efeitos, enquanto a música tocava
(alguém pega uma caneta e um papel)
T.P. neste momento se prepara para tocar algo em seu violão para aqueles que, enquanto proferem temas grotescos e até mesmo inverídicos, lhes observam dançando discretamente. Ela desistiu da música com a mesma rapidez que tocou o braço do instrumento, o que me fez duvidar de suas intenções primeiras. Desistiu de tocar algo para seu seleto público, porém intimamente algo a tocava. Até a porta bater ela ouviu tocar. Não era ninguém, por enquanto.
Seu quarto estava diferente desde a última visita que havia feito ali. Seu quarto agora guarda algo que tornou-se passageiro: sua identidade. As malas, o espaço, a não-cama. O estrangeiro.
(música romântica e brega; música que não prestei atenção; Vento no Litoral)
Em meio a discussões econômicas sobre o nosso negócio, lembranças musicais: quais?
“I hope you don’t mind what I’ve put down in words.” (Elton John)
W.: “Sabe o que é quando…?”.
Forró estilizado romântico, segundo W., o cotidiano.
F: “Deixa aí, deixa aí!”.
(alguém o percebeu num momento reflexivo)
T.P.: “Gostou, F.?”
Não se ouviu resposta. A resposta ainda não existia nem para ele.
W.: “Não tenho saliva, procuro saliva”.
W. (cantando): “Sou saboeiraaaaa, sou saboeiraaaaa!!”
T.P., B., F.: (risos)
01:11 - One minute left to someone think about me.
F. tem bons pensamentos ao som de um profundo e reflexivo blues.
T.P.: “Mas, é que cada música desperta uma sensação. Cada música te proporciona uma experiência diferente.”
F.: “Eu queria experimentar um reggae agora...”
W.: “Sou Rita Saimon, agora!”
No início, pensou F. em fechar a porta. Num cochilo de ego, cometou o ato falho e a porta, então, permaneceu aberta. Apenas por isso, durante a noite várias pessoas os visitaram. Suas visitas não eram visíveis para todos. Cada um havia convidado um certo número de pessoas e, em algum momento, todos estavam ali com eles. Pensados, verbalizados, imaginados, desenhados, materializados. Discutiam e eram discutidos. Os visitantes chegavam, acendiam um cigarro e conversavam. Alguns estavam mais felizes do que outros, mas todos dependiam dos quatro que ali estavam para expressarem algo mais. Sentavam e esperavam, observavam. E depois, naturalmente partiam, pois a porta ainda permanecia aberta.
As músicas proporcionam sensações; algumas canções são rejeitadas; algumas sensações também o são.
T.P. (apropriando-se de Cazuza): “O amor é uma mentira que a gente inventa para se distrair. E quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu.”
W. (conclui): “Para amar tem que estar muito dooooido!”
“Under The Bridge”, Red Hot Chili Peppers: F. se exalta ao lembrar de quando era mais novo e não tinha preocupações.
T.P.: “Eu fico por aqui com João Bosco.”
W.: “...e como é? E o que eu disse? Satanás!? Meeau!”
B.: “auhauhauahua...vocês lembram? W. no meio do corredor: Satanáááás!?!?!?!” (risos)
B. parecia uma cachorra sorrindo. Ela estava em perfeito estado de equilíbrio, emanando sua paz para os demais. Naquele instante, era o cérebro de todos.
“Nobody knows it but you’ve got a secret smile and you use it only for me.” (Semisonic)
Reflexões de F. verbalmente traduzidas por T.P.
Alguém: “Shakira é uma cantora tão...”
W.: “Faz a Shakira!!”
F.: (risos)
Ideologia do Manifesto dos Idiotas: “me arrependerei disso amanhã?” (F.)
“Triste estou eu de viver uma vida feliz.” (Móveis Coloniais de Acaju).
Particularmente carinhosa, B. aproxima-se de F. ao som de uma música clássica que o remeteu a temas vampirísticos.
B.: “Eu queria ser uma vampira.”
02:22 - Time passes. Novamente, alguém quase pensando em mim.
(alguém larga caneta e papel)
Muita coisa faz sentido.

domingo, 30 de maio de 2010
Philosophia Idiótes: para aquém do conhecimento
Achou de pensar que estava sendo vítima do oculto. Que seria então? Com alguma certeza, mas sobretudo com dúvida, pensou não ter total controle de sua vida vis-à-vis às questões que afligiam sua mente. Para além de uma explicação filosófica, psicanalítica, sociológica ou política - esses conhecimentos de que não dispunha -, pensou muito baixo, numa dimensão da vida onde a sua própria ação puramente prática, sensível, quotidiana não pudera se realizar em sua completude. Ora, o lusco-fusco da existência parecia que tomava parte dos seus pensamentos. Aos poucos, a conta-gotas, pausadamente. Repetidamente, a cada dia cuja mente trabalhava naquele assunto. O dia de seu intelecto fazia o movimento contrário da História, da civilização, e parecia voltar a um período longínquo, de explicações modestas e supersticiosas a cerca do mundo, a cerca da vida, da natureza e de todas as outras dimensões que esqueceram de ser lembradas. Explicações simbióticas nas quais homem e natureza, sujeito e objeto não haviam sido postos em locais distintos.
Muito jovem, tinha preguiça e tinha em seu corpo exaustão. Não costumava passar muito tempo pensando, mas percebeu que agora isso se fazia necessário. E muito. E muito. E infinitas vezes. Tantas quantas sua mente em repouso pudesse suportar. Tantas quantas seu corpo permitisse, até que conseguisse desfalecer em sono quase profundo, até a manhã do dia seguinte. Até o próximo ciclo duvidoso que era seu dia. A dúvida não lhe parecia uma solução, a princípio. Buscava certezas, constatações. Não era cientista, nem nada. Era apenas jovem e não as encontrava.
Convenceu-se de que era na dúvida que estava o princípio do conhecimento. Na negaçãoconstante estaria sua postura intelectual dali em diante.
sábado, 29 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Sobre o problema de ser complicado
Nos tempos áureos, gostava de imaginar como seria sua vida num distante futuro imaginário. Costumava viver a contemplar os dias, as horas e os minutos. Os segundos também, por que não? Já que a vida para ele passava tão devagar. Quase tudo lhe era muito belo e causava prazer, sobretudo o admirar do tempo. Aquele tempo que custava caro em passar. Aqueles dois centímetros a mais que nele nunca apareciam. Aquela vontade de ser grande que nunca cessava. Sempre muito introspectivo, desde pequeno, buscava nos pares e na visão idílica que tinha das coisas do mundo a felicidade. De certo, não sabia de muita coisa. Não tinha noção de muita coisa. Muita coisa ainda estava para lhe acontecer. Estava? Bem, isso não o preocupava. As preocupações eram poucas e podiam ser resumidas em pequenas travessuras que havia feito e que agora estavam sujeitas à punições leves. Nada mais o preocupava.
Viveu muito tempo na expectativa, projetando no futuro algo incrível, surreal. O futuro chegara e o que ele trazia de novo, então? Vivia contemplando sua coleção do Nada. Via no nada, o tudo. E, no tudo, também via o nada. Sua mente fazia com que isso fosse perfeitamente capaz. Estava desejoso por algo, alguma coisa que ele nunca tivera. As possibilidades eram muitas, mas ao mesmo tempo esgotava-se o elemento fundamental: o inimaginável.Em seu projeto que julgava estar no cume de sua existência, havia subestimado sua própria capacidade do sentir. Havia preparado uma grande excursão que duraria longos anos de sua vida, mas para aquela ele havia esquecido o que de fato mostrou ser bastante substancial, elementar. No tempo em que vivia amargurado, irremediavelmente, vivia a procurar. Todavia, já estava cansado.
Pensou em ser criança, não era mais possível. Pensou em sonhar, lembrou que não conseguia dormir há dias. Pensou em sair, chovia. Pensou em chorar, não sabia a razão e desistiu. Pensou em pensar, parou e escreveu:
Que diabos tanto ele procura?
Os diabos que ele mesmo buscou sempre exorcizar.
Na chuva, ao som de Hope Leaves.
Recife é uma cidade quente. É a minha cidade. Embora no momento em que aqui estou a escrever este breve comentário faça chuva lá fora, bem cá permanece quente. Frieza aqui, só a interior. Ao som de “Damnation”, da banda sueca Opeth, e dispondo do meu gadget tecnológico cuja função é capturar sons do ambiente - o velho microfone -, sou capaz de perceber o som da chuva caindo a gotejadas no chão. A máquina percebe e me traz com a precisão e distância que necessito, fazendo com que o som da chuva se funda à melancolia da música. A máquina aqui está para transcender minha experiência sensorial, aproximando os sons, internalizando em mim o som da chuva e algum sentimento que eventualmente ela queira passar. Melhor, algum sentimento que eu queria nela perceber, pois ainda assim trata-se de uma simples chuva.
Embora meu corpo esteja quente, o som da chuva me parece frio. É algo que não posso descrever, mas que certamente não é a felicidade plena.
Singin’: “There is a wound that’s always bleeding. There is a road I’m always walking. And I know you’ll never return to this place.”
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Ironias
domingo, 16 de maio de 2010
Explicações são necessárias
Sobre o que de alguma forma é novo
(...) ele acendeu o abajur, pegou os óculos que estavam próximos à cama, viu as horas no relógio, despreocupou-se. Não havia espaço para o tempo naquele ambiente. Eram páginas longas, escritas, rasuradas, grifadas, coloridas e personalizadas. Tinham marcas, mas, sobretudo, tinha o seu cheiro. Apenas ela poderia ter feito aquilo com tanta devoção. Era a única certeza dele naquele momento. Seu dever naquele instante era ler atenciosamente, degustando cada palavra, na tentativa de igualar-se a ela com a mesma dedicação que havia sido posta naqueles papéis. Ela, de facto, o conhecia bastante. Tudo estava ali. Sua vida estava naqueles papéis. Era como se ela possuísse em papéis e palavras toda a vida dele, desde sua infância até o momento em que se conheceram. Perto dela, ele era óbvio demais, pensou. A incompreensão disso tudo, essa sensação do sublime, o confortava.
Perto do fim dos escritos, ainda a ouvir a voz dela em simbiose com aquelas palavras das quais estava diante, percebeu que uma coisa havia mudado. Não era culpa de ambos, mas ao mesmo tempo também era. Algo não se completou. Mais uma vez ele desconhecia o que estava para acontecer. Ela estava lá. E aos poucos sua imagem tomava formas diluídas, como numa arte expressionista. Sua voz se distanciava. Ele infelizmente não conseguiu terminar de ler o texto que ela havia preparado com o mais sincero dos sentimentos. Ele culpava-se por isso.
Estava quente. A varanda desaparecera. Um descontentamento retornava. A porta estava fechada. Ele, enfim, acordara.

À guisa de introdução: "sobre o Manifesto Idiótes" (escrito originalmente em algum dia do ano de 2008) - Parte 2
Não posso ser assim. O que mais poderei eu fazer, se o direito de criticar-te me foi negado? Impossível! O que pode de minha vida ser se assim não for? Ah, mas eu me eximo totalmente das bobagens que um “eu mesmo” de minutos atrás escreve e tem por hábito escrever. Aprendi que uma das maiores ocupações que um ser humano, na máxima de sua existência mesmo sem pensar sobre isso, tem é a crítica. Esse mundo ao contrário me confunde......que merda de texto é esse?
À guisa de introdução: "sobre o Manifesto Idiótes" (escrito originalmente em algum dia do ano de 2008)

Carta ao meu jovem Ego
Ó, vida ingrata que não reconhece meu valor. Valor este que, convenhamos, tenho até demais. Não pouparei louvores, neste “papel” para glorificar a minha obra pois sei que sentido algum nela há, de facto. Pouparei qualquer charme em dizer que sou inferior ou apenas mais um “escritor” de abobrinhas individualistas. Na verdade, minha pretensão é, com efeito, subjugar qualquer outro ser que venha até cá dizer-me que o que faço não tem valor, ou um valor muito singular. Falta, no mínimo, muito estudo e feijão-com-arroz a qualquer indivíduo com a intenção de atingir-me dessa maneira tão vã.
Venho aqui, contra a ingratidão terráquea, que insiste em não me reconhecer como um gênio (confesso que são poucos), pois o sou e de longe percebe-se, expressar que toda a ambigüidade de meu escrito é plausivelmente explicável e compreensível, numa palavra, é justificável, apenas pelo tamanho de minha relevância a esse mundo, ao plano humano e mortal que nós, seres imortais – sim, porque um gênio nunca morre -, somos.