domingo, 23 de maio de 2010

Na chuva, ao som de Hope Leaves.

Recife é uma cidade quente. É a minha cidade. Embora no momento em que aqui estou a escrever este breve comentário faça chuva lá fora, bem cá permanece quente. Frieza aqui, só a interior. Ao som de “Damnation”, da banda sueca Opeth, e dispondo do meu gadget tecnológico cuja função é capturar sons do ambiente - o velho microfone -, sou capaz de perceber o som da chuva caindo a gotejadas no chão. A máquina percebe e me traz com a precisão e distância que necessito, fazendo com que o som da chuva se funda à melancolia da música. A máquina aqui está para transcender minha experiência sensorial, aproximando os sons, internalizando em mim o som da chuva e algum sentimento que eventualmente ela queira passar. Melhor, algum sentimento que eu queria nela perceber, pois ainda assim trata-se de uma simples chuva.



Embora meu corpo esteja quente, o som da chuva me parece frio. É algo que não posso descrever, mas que certamente não é a felicidade plena.


Singin’: There is a wound that’s always bleeding. There is a road I’m always walking. And I know you’ll never return to this place.”

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