sábado, 18 de setembro de 2010

Pós-modernidade


A nos atormentar, nada mais do que uma pequena palavra, um pequeno termo, um gesto singelo. Aprumava nossa direção, nos empurrava à frente. E íamos, íamos, sim, nós íamos. Mas o chão, o caminho sobre qual andávamos, estava demasiadamente encerado. O tempo e espaço eram escorregadios e, quanto mais caminhávamos para o fim, mais nos encontrávamos no começo.

Os atalhos não existiam, as placas também não... Nada! Nada como andar sem direção. E mais uma vez voltei ao começo. E ao começo, ao começo, ao começo. Num eterno movimento pendular. E voltando ao começo, mais uma vez chegando a ele... Destruí-o para poder me libertar.

Com a borracha à mão, apaguei delicadamente a covarde palavra.

E andei em todas as direções e caminhos de outrora, mas agora sabendo para onde estava indo.
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FREIRE, Rosano. Reflexões pós-conversa de mesa de bar.

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